segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Conselho Disciplinar enfrenta ... as vítimas

A Colina do Sol tem uma sistema de múltiplos conselhos para o fim de expulsar sócios. É uma sistema que, no papel, parece ótimo - mas a Constituição do antigo USSR garantia mais liberdades dos que a dos EUA ... no papel. Na prática, a teoria é outra.

Acima do "Conselho Disciplinar", é possível apelar ao "Conselho Administrativa", e de lá para a FBrN. Parece cheio de garantias. Até que se lembra de que a Colina do Sol já operaram durante anos com o mesmo CNPJ e o mesmo presidente.

A Colina do Sol é uma comunidade extremamente pequena. Todos se conhecem, todos fofocam - até parece que não fazem mais nada na vida. (Até ouvi, de alguém que foi foco desta vigilância, que um membro antigo da comunidade, que acumula os papeis de traficante de drogas e informante policial, chegou ao ponto de vascular lixo para contabilizar camisinhas usadas ...)

Um juiz, quando encontra um conhecido no processo, se recusar de julgar o caso, para garantir a isenção e a impessoalidade. Pela natureza da Colina - que foi reduzido ao menos de dez habitantes pela guerra da diretoria atual contra os sócios - a impessoalidade é impossível.

Ontem vimos a reclamação de sr. Fritz Louderback contra Joáo Ubiratan dos Santos, vulgo "Tuca", pelas agressões verbais do ex-sequestrador contra tanto Fritz quanto contra os filhos de um sócio patrimonial.

A resposta do "Conselho Disciplinar" foi completamente desequilibrada. Transformou a investigação do agressor, em acusações contra suas vítimas:




COLINA DO SOL
Clube Naturista

Of.C.Disciplinar 006/2007 CNCS, Morro da Pedra, Taquara,RS, 12 de maio de 2007

Confidencial

Ao sócio
FREDERIC CALVIN LOUDERBACK
Nesta

Senhor Sócio,

Referimo-nos ao processo disciplinar originário de sua carta de reclamação contra João Ubiratan dos Santos datada de 04/04/2007, referente a fatos ocorridos em 24/03/2007. Este processo encontra-se em fase de averiguação, oitiva de testemunhas e estabelecimento de contraditório. Contamos, portanto, com sua valiosa colaboração no sentido do estabelecimento da verdade, prestando os esclarecimentos que se fazem necessários.

Tendo como ponto de partida o seu expediente acima referido mas confrontando-o com o depoimento do acusado e os relatos das testemunhas já ouvidas é essencial que V.Sa. esclareça os pontos a seguir enumerados. Para tanto e no sentido de concluir o mais rapidamente possível este processo disciplinar solicitamos que o faça, no prazo máximo de sete (7) dias.

1. Porque o Sr. considerou os cheques emitidos por João Ubiratan como "fraudulentos" quando na verdade eram cheques pré-datados dados em garantia de empréstimo ao denunciado ? Sobre esse empréstimo foram cobrados juros e sobre os seus atrasos foram cobradas multas remuneratórias ? O Sr. já efetuou outros empréstimos para colineiros ? Em que condições ? Solicitamos que informe a que ONG foram doados os seis (6) cheques do denunciado, esclarecendo seu nome, endereço e CNPJ. O Sr. integra essa ONG ou alguma outra ?

2. Pedimos informes sobre as quatro (4) crianças que aguardavam V.Sa. na Portaria do CNCS no dia 24/03/2007, informando, seus nomes, idades e endereços de seus pais. Segundo informou no seu expediente acima referido todas crianças seriam naturistas, membros da YNAI e portadores de passaporte da INF, razão pela qual solicitamos a informação de quem, como (quais critérios utilizados) e quando as mesmas foram definidas como afiliadas dessas entidades.

3. Segundo seu relato, as crianças que o acompanhavam traduziram para V.Sa. o que o Sr. João Ubiratan havia falado. Fineza informar, pois, quais delas e o seu grau de conhecimento da língua inglesa, para ter podido desenvolver a contento essa tarefa de tradução.

4. Face vários relatos de testemunhas, perguntamos quem são as crianças e adolescentes que frequentemente o visitam em sua residência, qual o motivo dessas reuniões e qual a duração média das mesmas ? Algumas delas desenvolvem algum tipo de trabalho em sua residência ?

Sendo o que tínhamos para o momento aproveitamos para reiterar a importância desses esclarecimentos de V.Sa. para que este Conselho Disciplinar possa chegar até a verdade final dos fatos.

Saudações Naturistas
(assinado)
Astrid Niewöhner
Conselho Disciplina
(assinado)
Claudete Zagonel
Conselho Disciplinar

(assinado)
Paulo Roberto Mottola
Conselho Disciplinar

 

A mentalidade da Colina do Sol está muito bem esclarecido nestas perguntas - nenhuma das quais visa esclarecer os fatos da agressão, mas somente em denegrir quem acusava o grande Tuca, aposentado da vida de crime.

Sobre a primeira pergunta - os cheques e os empréstimos o assunto não era porque Tuca estava zangado, mas da pena adequada para sua incapacidade de controlar seus comportamento. Mas os cheques estavam, sim, vencidos, dois deles mais de 90 dias. O combinado era que Tuca os resgataria em dinheiro no data de vencimento, que ele parou de fazer quando o ataque da corja contra os estrangeiros ganhou volume. Os juros do sr. Louderback, por ano, era equivalente ao que o banco cobraria por mês, então os empréstimos eram bastante "camaradas". Fritz também já tinha emprestado para Raul e Bete, e para Eta, como já explicamos em detalhe e com documentos aqui.

No caso de Raul e Bete, antigos donos do mercadinho da Colina, CNCS não somente tinha ciência do empréstimo, mas tinha dado seu aval: se Raul e Bete não pagassem, transferiria sua cabana para Fritz Louderback. Tenho o papel em alguma lugar, mas não comigo aqui.

Da pergunta do ONG, Brasil tem uma sistema forte de coibir a emissão de cheques sem fundos, e é praxe que cheque passa de mão em mão. A tentativa do CNCS de enfiar seu nariz numa transação comercial que é de competência do Cartório de Protestos, só pode ser explicado como o pecado capital de soberba.

A segunda pergunta - quem são os garotos? - bem, seus nomes estão na carta acima das assinaturas dos seus pais, o endereço dos seus pais é o mesmo da Colina do Sol - Estrada da Grota, s/n - e conforma as regras, todos tinham ficha com foto na secretara do CNCS. Realmente, é impossível chegar na portão principal do clube sem passar em frente da casa de Marino, e a casa de Sirineu fica bem ao lado da rota mais direta do CNCS para Taquara.

Porque perguntaram, então? Talvez porque não leram a carta. Constataram que o reclamação era logo contra Tuca, e na pressa de defender-lo, nem deram bola para os detalhes da acusação.

Da terceira pergunta - como é o inglês dos menores - como que isso importa? As ofensas de Tuca foram proferidos em português, os testemunhas precisavam somente repetir-las na língua pátria.

Referente a última pergunta, já foi amplamente esclarecido aqui o que as crianças faziam na casa de Fritz: cuidaram do jardim. Pagar eles para esta tarefa era uma maneira de ajudar os que precisavam ajuda, sem ferir sua dignidade. Mas a pergunta nada tem a ver com as agressões sofridos por visitas convidadas, e filhos de sócio patrimonial, dentro das regras vigentes.

Em soma: o "Conselho Disciplinar" não fez uma única pergunta visando esclarecer as agressões proferidas pelo João Ubiratan dos Santos, vulgo "Tuca". A noção de que este "Conselho" tinha isenção, o desejo de investigar, ou juízo ... é cabalmente desmentido por esta carta.

E nem vimos a decisão ainda. Um dia destes publico. Tanto papel, tantos bobagens...

Nenhum comentário:

Postar um comentário