Hoje é o aniversário de 124 anos de Taquara. Ontem, foi inaugurado o novo ginásio da escola Theóflo Sauer. Eu fui porque já vi e gostei da "banda marcial" da escola em outros eventos cívicos. Reconheci e fui reconhecido por vários figuras da cidade, como o presidente da Camera de Vereadores, dois dos jornalistas do pedaço - Oscar do Jornal Integração, e Vinicius do site Paranhana Online. E enquanto nunca tinha visitado a escola, quando fui informado de pegar a rua Picada Gravata, já a reconheci como o lugar da morte de Zeca Diabo.
Vendo que tanto gente me conheço, noto que é a terceira aniversário de Taquara que passo aqui, longe da minha familia, empenhado em desfazer as falsas acusações que nascerem dos sementes de inveja e ciumes da corja da Colina, brotaram com o sede de alcançar fama às custas dos outros da polícia, e foram regadas pela incompetência e falta de ética da imprensa.
Terminando este caso - e todas os indícios agora são de que os quatro serão inocentados - é preciso questionar, por fundo, porque tanto esforço honesto (para nem falar do empenho dos três equipes de advogados, todos competentes, e os muitos outros antes e além de mim que trabalharam no causo) por tanto tempo, seria preciso para vencer umas mentiras mal-contadas.
A festa continua
A festa de aniversário continuou hoje com um desfile de carretas de boi até a praça frente à Prefeitura. Parte do evento foi uma mutirão de carteira de identidade, conduzida por técnicos do Instituto Geral de Perícias/Instituto de Criminalistica. Vendo o carro com o logotipo da IGP/IC, fui ver o que estavam fazendo, e fiz questão de apertar o mão de um, e agradecer o trabalho deles.
Não duvido que a podridão vai fundo na polícia gaúcho, com dois chefes de departmentos - Juliano Ferreira e Bolívar Reis Llantada - participando na fraude do caso Colina do Sol. Mas foi o trabalho honesto da IGP/IC que desmascarou as mentiras dos delegados e inspetores.
Em todo lugar tem gente honesta. O perigo não é que os maus agem, mas que os bons nada fazem. Na IGP/IC, os bons agiram, e foi bom ver los.
Geografia de São Franciso de Paula
O dia inteiro houve uma exposição no Parque dos Trabalhadores, perto do Fórum. Foi a primeira vez que vi movimento na rua em frente ao Fórum, onde aconteceu a manifestação em favor dos acusados, já faz dois anos.
Na exposição tive a opportunidade de falar com Iuri Buffon, que mora na cidade vizinha de São Francisco de Paula, mas trabalha para a prefeitura de Taquara, na Divisão de Geoprocessamento, que utilize software de uma empresa de São José do Rio Preto (onde provoquei o promotor João Santa Terra a confessar que somente um perito estava examinando as "evidências" pegos com uma força-tarefa de 60 no caso Catanduva) .
Na minha primeira visita a Morro da Pedra, não encontrei Isaías Moreira em casa. Ele estava fora, fazendo trabalho agricultural (plantando repolho, se a memória serve) em São Francisco de Paulo, onde a clima é diferente. Estranhei, sendo que a distância em quilômetros é pouco, mas ficou na lista de mistérios de baixa prioridade.
Há diferença, sim. O grande fator é elevação. São Franciso de Paula tem até 920 metros de elevação. O parque onde conversávamos é somente 47 metros acima do mar, que me supreendeu bastante - sempre imaginei que Taquara era meia serra subida. Não é. No margem do rio, o topografia desce a 16 metros, e enquanto o ponto mais alto do município é 702 metros, este fica quase na borda com S. Franciso.
Onde é tanto mais alto, é muito mais frio, a temperatura média sendo 14 graus. As nuvens sobrem, esfriam - e chove. É o lugar no Rio Grande do Sul que mais chove, "quase Amazonica", conforme Igor, que me passou seu tese de formatura sobre a geografia da região.
A última fator que ele contou é que o solo no S. Franciso é mais fértil, com muito matéria organica.
Apesar da chuva e terra fértil, e do tamanho, é um município muito mais pobre que Taquara. "E um ilha cultural e geográfico", disse Igor.
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