domingo, 25 de abril de 2010

Os outros laudos psiquiátricas

Três dos jovens de Morro da Pedra foram examinados por psiquiatras autênticas, em 17/12/2007, os laudos sendo citados para justificar a prorrogação da prisão dos quatro acusados. Os laudos produzidos, porém, são contaminados pelas pareceres da falsa psiquiatra Dra. Heloisa Fischer Meyer, e outros dados falsos. Além disso, são tão iguais que parecem mais processados do que escritos.

Nos laudos, há muito teoria, e um único indício que "permit[e] manter este hipótese [de abuso sexual]", que é que: "há um relato, por parte da escola, de prejuízo no desempenho escolar e conduto sexualizada." Até se for verdade, seria um indício fraco - quantos adolescentes tem queda de desempenho escolar? - mas como vamos ver, é mentira: não há nenhum relato de escola de conduto sexualizado, e nenhum sobre o desempenho escolar dos três periciados.

Todos os três laudos incluem a conclusão de que "O relato do periciado apresenta características que comprometem sua credibilidade." Bem, examinando os laudos e os fatos, chegaremos numa outra conclusão, que é que são os próprios laudos que "apresentam características que comprometem sua credibilidade."

Laudos padronizados

Os três laudos são quase idênticos, palavra por palavra. Diagramei um laudo em baixo, e o que está igual está em cinza clara.

Enquanto não posso discordar da eficiência desta maneira de proceder, me parece que para manter quatro pessoas presos, é devido mais do que um laudo "prét-à-porter", levemente alterado para que a conclusão padrão pode vestir qualquer entrevistado. Vamos ver as sinais deste procedimento:

  1. Na "CONCLUSÃO" e a "RESPOSTA AOS QUESITOS" não há nem uma vírgula de diferença entre os três laudos.
  2. Os COMENTÁRIOS MÉDICO-LEGAIS não tem nem uma vírgula de diferença entre os irmãos G.F.D. e R.A.S.
  3. Os COMENTÁRIOS MÉDICO-LEGAIS sobre J.A.S. tem diferenças leves de fraseologia do texto sobre seus irmãos, e incluem quatro sentenças sobre a entrevista anterior com a falsa psiquiatra Dra. Heloisa Fischer Meyer.
  4. Os nomes e datas de nascimento dos três irmãos variam, que é de esperar. O laudo do G.F.D que reproduzimos abaixo, porém, não tem a data do nascimento dele: dia e mês são do R.A.S., com somente o ano mudado. Está também inserido no frase num posição diferente do que nos laudos dos seus irmãos.
  5. Os três são filhos de Sirineu Pedro da Silva, mas G.F.D. é adotado, e no seu certidão de nascimento, os nomes dos pais não batem com os que está no laudo.

"Há um relato, por parte da escola ..."

O único indício que "permit[e] manter este hipótese [de abuso sexual]", é que: "há um relato, por parte da escola, de prejuízo no desempenho escolar e conduto sexualizada." Este relato nada tem a ver com estes jovens periciados.

A sra. Carla Jordana Ronnau Bomerich, diretora da Escola Estadual Dona Leopoldina, fez depoimento para a Polícia Civil em 14/12/2007, três dias depois das prisões.

Enquanto o "Termo de Declarações" disse que o depoimento aconteceu em Porto Alegre, ouvi que ela falou na Justiça que seu depoimento foi colhido na própria escola. Ela foi ouvida pela inspetora Rosie C. dos Santos. Inspetora Rosie, lembramos, estava presente na delegacia de Taquara na noite que, ao que tudo indica, os filhos de Isaías Moreira sofreram coação, e ela forjou outras evidências no processo.

Mas o que foi que Diretora Bomerich disse? Ela mencionou os nomes de cinco alunos, três meninos e duas meninas, e fala dos "filhos de Sirineu." Ela disse ainda que:

... um grupo de alunos seletos da referido Escola frequentava desde o ano de 2005, em horário inverso ao horário de aula, o reforço escolar patrocinado pelo ONG de FRITZ, tendo atingido o auge no ano de 2006 [...] Que a partir daí os alunos começaram a ter desinteresse pela escola, com baixíssimo rendimento escolar e baixa frequëncia. Apresentavam sinais como estarem absortos e sonolentos na sala de aula. Inclusive os alunos eram vistos durante e fora do horário de escola, nas estradas.

A nenhuma momento, nos quatro páginas de depoimento, a diretora faz referência a "conduto sexualizada". E não há no inquérito, certamente não antes de 17/12/2007, mais nada que pode ser considerado um "um relato, por parte da escola".

Seria realmente melhor verificar o que a diretora Bomerich disse na Justiça, onde suas palavras não passaram pela inspetora Rosie para chegar no papel. Infelizmente, este depoimento não está entre as papeis que foram incluídos no processo de Novo Hamburgo, perdendo assim o sigilo.

Relato não é sobre estes três

Porém, outros documentos interessantes foram incluídos, inclusive o Histórico Escolar dos três (fls 321-323). Já falamos das duas escolas públicas de Morro da Pedra, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Dona Leopoldina, e o Colégio Jorge Fleck.

A diretora Bomerich falou sim dos "filhos de Sirineu", mas Sirineu tem nove filhos. Um dos periciados já estava no Jorge Fleck desde 2004, e os outros dois desde o começo de 2005.

Sem fundamento

Vemos então enquanto estes laudos foram feitos por psiquiatras de verdade:

  • Com mais de 90% do texto igual entre os três laudos, e a pista da data de nascimento trocada, podemos concluir que os laudos foram feitos com menos cuidado do que aparentam;
  • Os laudos somente concluem que abuso sexual não poder ser descartado, e o único fato que sustenta isso é de que "há um relato, por parte da escola, de prejuízo no desempenho escolar e conduto sexualizada.";
  • Há somente um relato da escola, e este não fala de "conduto sexualizado";
  • Na época em que o depoimento da diretora aponta queda de rendimento escolar, os três periciados já não eram mais seus alunos, o relato então não se referindo a eles;
  • Até se tiver queda de rendimento, o depoimento oferece uma explicação muito mais direta por isso - sonolência devida aos atividades extras, matando aula, e trabalho aos sábados - do que a teoria bastante mais ténue de abuso sexual.

Os três Laudos de Avaliação Psiquiátrica aqui referidos estão nas fls. 597-605 do processo 070/2.07.0002473-8 do Caso Colina do Sol, e nas fls. 307-316 do processo 019/1.09.0007874-0, donde é permitido tirar cópias, sendo que está fora do "sigilo de Justiça". São Laudo 38622-2/2007, Laudo 38688-2/2007, e Laudo 38691-2/2007. Os histórios escolares dos três (que não coloco aqui por questões de privacidade) estão nas fls. 321-323 de processo 019/1.09.0007874-0. O depoimento da diretora Bomerich estã nas fls. 334-337 do processo 070/2.07.0002473-8, e nas fls. 317-319 do processo 019/1.09.0007874-0.

Mais uma vez, a questão de privacidade

Censurei os nomes dos jovens nos relatos. Deixei os nomes dos seus pais, pois a Promotora já deu bastante publicidade a quem eles são, lhes denunciando. A data de nascimento errada deixei, sendo que serviria somente para mis-identificação.

E realmente, estes laudos contam tão pouco sobre os sujeitos, que é difícil encara-los como uma invasão de privacidade. Os boletins escolares contam muito mais sobre os jovens do que estes poucos páginas repetitivas que são mais de metade teoria.

O que os laudos tem de desabonador é a teoria, por parte dos peritos, de que os jovens falaram o que falaram, porque suas famílias são economicamente dependentes no Fritz Louderback.

Eu também tenho um teoria. É que os peritos escreverem o que escreveram, porque suas famílias são economicamente dependentes na Secretaria de Segurança Pública, que tinha falado muito, e alto, contra Fritz Louderback.

Creio que sustentei minha teoria, melhor do que eles sustentaram a teoria deles.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA JUSTIÇA E DA SEGURANÇA
INSTITUTO-GERAL DE PERÍCIAS
DEPARTAMENTO MÉDICO-LEGAL

Laudo 48691-2/2007
Protocolo 64809/2007

LAUDO DE AVALIAÇÃO PSIQUIÁTRICA

G.F.D., do sexo masculino, nascido em 02/10/1994, filho de Sirineu Pedro da Silva e Dinamar Regina Fernandes, estudante, residente na Estrada da Gota, s/n.º – Taquara.

REQUISIÇÃO: 2ª Delegacia de Homicídios/ DEIC.

DIFUSÃO: 2ª Delegacia de Homicídios/ DEIC – 700220.

DATA E LOCAL DA PERÍCIA: Dia 17/12/07 no Centro de Referência ao Atendimento Infanto-Juvenil – CRAI (Hospital Materno-infantil Presidente Vargas).

HISTÓRICO: Perícia solicitada pela autoridade requisitante em virtude de suspeita de abuso sexual.

PROCEDIMENTOS: Foi realizada entrevista utilizando a técnica conhecida como Entrevista Cognitiva Aprimorada[1], para a qual existem evidências científicas que comprovam sua capacidade de incrementar a qualidade e a quantidade nos relatos testemunhais e de vítimas. O conteúdo da entrevista é analisado de acordo com a metodologia conhecida como Análise da Validade da Declaração[2], que estabelece critérios científicos que permitem avaliar a credibilidade do relato infantil. Em um segundo momento, é feita a avaliação clinica do estado mental do periciado.

ENTREVISTA COM G.F.D.: Inicialmente, fala de sua escola e das suas atividades preferidas. Quanto ao motivo desta perícia, relata que conheceu Frederic, vulgo Fritz através de seu irmão. Não tem queixas em relação a Fritz. Refere que Fritz tem ajudado muito a sua família e que lhe deu roupas, tênis e uma bicicleta. Freqüenta a escolinha de futebol com seus irmãos. Afirma que Fritz jamais cometeu qualquer tipo de abuso ou maltrato. Diz frequentar a casa de Fritz junto com seus irmãos e outros meninos e que nunca viu nenhuma atitude suspeita de Fritz.

AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL E DA PSICOPATOLOGIA: ASPECTO GERAL: vestido com roupas novas e higiene bem feita. ATENÇÃO: sem alterações no momento do exame. ORIENTAÇAO: orientado no tempo e no espaço MEMÓRIA: preservada. SENSOPERCEPÇÃO: sem alterações. PENSAMENTO: sem alterações. [J.A.S.: demonstra preocupação em denfender (sic) o Sr. Frederic AFETO: discretamente ansioso durante a entrevista. LINGUAGEM: adequada a sua faixa etária; INTELIGÊNCIA: clinicamente na média. COMPORTAMENTO: há um relato, por parte da escola, de prejuízo no desempenho escolar e conduto sexualizada.

COMENTÁRIOS MÉDICO-LEGAIS:O periciádo não apresenta limitação alguma de ordem psicológica ou limitação em suas capacidades cognitivas que o impeçam de emitir um relato válido. Suas capacidades lingüísticas, intelectuais, de memória e perceptivas permitem que forneça um relato compreensível. Sua atitude durante a entrevista demonstra preocupação em defender o Sr. Frederic das acusações de abuso [J.A.S: "e em descrever-lo como uma pessoa boa, que ajuda a todos da sua comunidade.] Enumera uma grande quantidade de presentes que recebeu do mesmo. Tendo em vista esta atitude do periciado durante o presente exame, não e possível indicar, com maior grau de certeza, a ocorrência de abuso sexual ou ato libidinoso, todavia, o tipo de relacionamento estabelecido entre o periciado e o Sr. Frederic, caracterizado por uma forte vinculação de dependência econômica, [J.A.S.: "grande vinculação e quase devoção"] lança dúvidas quanto a credibilidade das declarações feitos pelo menino. A relação de envolvente sedução entre abusador e vitima e a existência do segredo foram descritos em diversos estudos científicos que investigaram o tema do abuso sexual. O abusador manipula a dependência e a confiança da criança, incitando-a a participar dos atos abusivos os quais apresenta como um jogo ou uma brincadeira. Para obter a participação e o silêncio da vítima, ele pode dar presentes, dinheiro ou usar de meios coercitivos ou chantagem, de modo a convencer a vítima de que a revelação do abuso representa um perigo para ela ou para sua família. A presença deste modelo de interação pode ser considerado como um indicador da existência do abuso sexual. (Juárez López, J.R. La credibilidad del testemonio infantil ante supeuestos de abuso sexual: indicadores psicossociales. Tese de Doutorado, Universidade de Girona, 2004). [J.A.S.: "Nota-se, ainda, uma mudança de comportamento e do discurso do periciado em relação ao primeiro exame realizado pela Dra. Heloisa Fischer Meyer em 11/12/2007. No exame atual, J.A.S. demonstra maior empenho em convencer o entrevistador, com respostas mais prontas e mais diretas. Isto pode ser indício de que tenha sido treinado ou de que ele mesmo tenha se preparado para fornecer tais respostas. Outra hipótese é a que este seja um viés decorrente da seqüência de entrevistas pelos quais passou o periciado desde o início da investigação."]

CONCLUSÃO: O relato do periciado apresenta características que comprometem sua credibilidade. Não é possível, neste exame, determinar a ocorrência de abuso sexua1 ou ato libidinoso, embora haja indícios que permitem manter esta hipótese e indicar a realização de novos exames para melhor esclarecimento do caso.

RESPOSTA AOS QUESITOS:

  1. O periciado apresenta ou apresentou, na época dos fatos relatados, alterações psíquicas e/ou comportamentais? Caso positivo, quais? A partir das informações prestadas pelo periciado, não temos elementos para responder. Há um relato, por parte da escola, de prejuízo no desempenho escolar e conduta sexualizada.
  2. Existem sinais e/ou sintomas de transtorno mental? Caso positivo, quais? Não.
  3. Se presentes, tais sintomas e/ou alterações são frequentemente encontradas cm vítimas submetidas a ato sexual e/ou ato libidinoso? Sim.
  4. Se presentes, tais sintomas e/ou alterações são frequentemente encontradas em vitimas submetidas à estimulação sexual precoce, inadequada para a idade? Sim.
  5. O relato do periciado preenche critérios de credibilidade? Porquê? A credibilidade esta prejudicada em função do tipo de relacionamento estabelecido entre o periciado e o acusado.
  6. Observa-se no relato do periciado sinais de influência e ou indução? Porquê? É possível a existência de pressões externas ou outras motivações para prestar informações falsas, tendo em vista a extrema dependência econômica da família do periciado em relação ao acusado.
  7. Existe nexo causal entre a situação relatada e os sintomas apresentados? Em tese, sim.
  8. O periciado apresenta atualmente sofrimento psíquico em decorrência da situação relatada? A partir das informações prestadas pelo periciado, não temos elementos para responder.
  9. O periciado apresentou sofrimento psíquico, no passado, em decorrência da situação relatada? A partir das informações prestadas pelo periciado, não temos elementos para responder.





Dr. Luis Roberto Dorneles Benia
Perito Médico-Legal Psiquiatra (relator)


Dra. Vera Regina Bertoi
Perito Médico-Legal Psiquiatra (revisor)



[1] A Entrevista Cognitiva Aprimorada, na sua forma atual, representa a aliança de dois campos de estudo: comunicação e neurociência. Esta entrevista utiliza os procedimentos recomendados em diversos países para conduzir entrevistas com testemunhas e vítimas. É um conjunto de estratégias cognitivas, testadas em diversas pesquisas, com o objetivo de melhorar a recordação dos entrevistados. Após uma fase inicial de acolhimento e estabelecimento de vínculo com o entrevistado, pede-se a este um relato livre sobre os eventos em pauta na entrevista. Durante todo o processo, o entrevistador interrompe o mínimo possível e faz perguntas abertas e não-sugestivas. Existem evidências científicas de que a utilização destas técnicas aumenta a acurácia dos relatos de testemunhas e de vítimas, bem como aumenta a produção de informações juridicamente relevantes (Nygaard, M.L., Feix, L.F. & Stein, L.M. Contribuições da psicologia cognitiva para a oitiva da testemunha. Revista do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, 14 (61):147-180, 2006).

[2] A avaliação da validade da declaração (Statement Validity Assessment – SVA) é reconhecida como a técnica mais difundida no mundo para medir a veracidade de uma declaração verbal Sua origem data de 1954, na Alemanha, e sua metodologia foi aperfeiçoada em 1989, por Steller e Kõhnken. Na sua forma atual, é aceita como evidência em tribunais de vários países da Europa. No processo de análise da declaração, é realizada uma avaliação sistemática do relato da criança através de critérios estabelecidos objetivamente. Esta técnica é conhecida como CBCA (criteria based content analysis). Para maiores informações sobre estes instrumentos, ver: Rovinski, S.L. Fundamentos da perícia psicológica forense. São Paulo: Vetor Editora, 2004.

Laudo de Avaliação Psiquiátrica 48622-2/2007

Laudo de Avaliação Psiquiátrica 48688-2/2007

Depoimento da Carla Jordana Ronnau Bomerich


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cremers procura Dra. Heloisa Fischer Meyer

Segunda-feira dia 19, fomos para CREMERS perguntar sobre a situação da falsa psiquiatra Dra. Heloisa Fischer Meyer, e logo enfrentamos várias exemplares do poster ao lado, que para mim sem o texto ilustraria muito bem o procedimento que espero que CREMERS tomaria contra a falsa psiquiátra.

Dra. Heloisa já foi notificado três vezes da sindicância (ainda não é processo) contra ela. A segunda notificação foi em 04/02/2010, a terceira em 02/03. Até agora, ela não respondeu. Fomos informados pela atendente que ia "passar para o Corregedor hoje".

Mais uma infração

O que o Corredor examinaria seria violação de "Artigo 45". Uma versão do Código de Ética traz o seguinte Artigo 45:

Artigo 45 - Deixar de cumprir, sem justificativa as normas emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina e de atender às suas requisições administrativas, intimações ou notificações, no prazo determinado.

Outras versões, inclusive a disponível no site da CREMESP, tem isso como Artigo 17, e foi assim referido na palestra do advogado dativo Dr. Durval. De qualquer forma, deixar de atender as intimações da CREMERS é, já em si, outra violação do Código de Ética Médica.

Ainda sindicância

A terceira notificação para Dra. Heloisa Fischer Meyer a informa que ainda não está enfrentando um processo, somente uma sindicância. Que o CREMRERS quer ouvir o que ela tem a dizer.

Porque ela não responde? Acho que é porque, realmente, não tem o que dizer. Ela não tem especialização em psiquiatria, se apresentou e assinou como psiquiatra, e causou danos enormes não somente para seus pacientes mas para terceiros.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

270,32 metros de lignam

Ouvimos aqui boatos de que Celso Rossi está espalhando que entrou num acordo com BRDE sobre a dívida do Hotel Ocara, e que estaria pagando um pouco ao mês.

No Foro Central de Porto Alegre, quarta-feira antes da audiência com delegado Bolívar, fui ao 7ª Vara da Fazenda Pública, para ver como anda. Anda, ou engatinha, com os juros engordando a dívida em mais de R$4000 todo mês. Não houve acordo, não.

O hotel inacabado já sofreu arresto da BRDE em 21 de julho de 2009, por causa dos R$177.119,00 de dinheiro do contribuente emprestado para terminar a obra, que claramente não foi usado por tal fim.

Outro arresto foi feito, esta vez no nome da outra fiador, Paula Fernanda Andreazza, conforme precatório cumprido em Taquara em março.

Como Paula pagaria a dívida?

Paula Fernanda Andreazza está em Porto Alegre, trabalhando com massagem de lignam, que é a mesma coisa que "willy", so que em Sanskrit.

A manual de estilo da Folha de S.Paulo recomenda colocar os números de uma maneira que o leitor pode entender. Vamos lá, então.

A dívida, até este ponto, mais que dobrou. Vamos colocar como o dobro, para facilitar: R$354.218

Paula Fernanda Andreazza, conforme seu blog, cobra R$190 para massagem de lignam.

Dividindo, descobrimos que ela teria que massagear 1864,305263 lignams para pagar a dívida - isso é bruto, sem nem contar pomada para os punhos.

Conforme um site especializada, o tamanho médio brasileiro é de 14,5 cm, que daria 270,32 metros de lignam, o comprimento de quase três campos de futebol oficial:

   

O esforço parece heróico, mas quem sabe ela conseguiria. Afinal, a obrigação não é somente dela, mas também do marido. Quem sabe, se ele desse uma mão, a dívida ainda pode ser paga?

sábado, 17 de abril de 2010

Taquara e São Francisco de Paula

Hoje é o aniversário de 124 anos de Taquara. Ontem, foi inaugurado o novo ginásio da escola Theóflo Sauer. Eu fui porque já vi e gostei da "banda marcial" da escola em outros eventos cívicos. Reconheci e fui reconhecido por vários figuras da cidade, como o presidente da Camera de Vereadores, dois dos jornalistas do pedaço - Oscar do Jornal Integração, e Vinicius do site Paranhana Online. E enquanto nunca tinha visitado a escola, quando fui informado de pegar a rua Picada Gravata, já a reconheci como o lugar da morte de Zeca Diabo.

Vendo que tanto gente me conheço, noto que é a terceira aniversário de Taquara que passo aqui, longe da minha familia, empenhado em desfazer as falsas acusações que nascerem dos sementes de inveja e ciumes da corja da Colina, brotaram com o sede de alcançar fama às custas dos outros da polícia, e foram regadas pela incompetência e falta de ética da imprensa.

Terminando este caso - e todas os indícios agora são de que os quatro serão inocentados - é preciso questionar, por fundo, porque tanto esforço honesto (para nem falar do empenho dos três equipes de advogados, todos competentes, e os muitos outros antes e além de mim que trabalharam no causo) por tanto tempo, seria preciso para vencer umas mentiras mal-contadas.

A festa continua

A festa de aniversário continuou hoje com um desfile de carretas de boi até a praça frente à Prefeitura. Parte do evento foi uma mutirão de carteira de identidade, conduzida por técnicos do Instituto Geral de Perícias/Instituto de Criminalistica. Vendo o carro com o logotipo da IGP/IC, fui ver o que estavam fazendo, e fiz questão de apertar o mão de um, e agradecer o trabalho deles.

Não duvido que a podridão vai fundo na polícia gaúcho, com dois chefes de departmentos - Juliano Ferreira e Bolívar Reis Llantada - participando na fraude do caso Colina do Sol. Mas foi o trabalho honesto da IGP/IC que desmascarou as mentiras dos delegados e inspetores.

Em todo lugar tem gente honesta. O perigo não é que os maus agem, mas que os bons nada fazem. Na IGP/IC, os bons agiram, e foi bom ver los.

Geografia de São Franciso de Paula

O dia inteiro houve uma exposição no Parque dos Trabalhadores, perto do Fórum. Foi a primeira vez que vi movimento na rua em frente ao Fórum, onde aconteceu a manifestação em favor dos acusados, já faz dois anos.

Na exposição tive a opportunidade de falar com Iuri Buffon, que mora na cidade vizinha de São Francisco de Paula, mas trabalha para a prefeitura de Taquara, na Divisão de Geoprocessamento, que utilize software de uma empresa de São José do Rio Preto (onde provoquei o promotor João Santa Terra a confessar que somente um perito estava examinando as "evidências" pegos com uma força-tarefa de 60 no caso Catanduva) .

Na minha primeira visita a Morro da Pedra, não encontrei Isaías Moreira em casa. Ele estava fora, fazendo trabalho agricultural (plantando repolho, se a memória serve) em São Francisco de Paulo, onde a clima é diferente. Estranhei, sendo que a distância em quilômetros é pouco, mas ficou na lista de mistérios de baixa prioridade.

Há diferença, sim. O grande fator é elevação. São Franciso de Paula tem até 920 metros de elevação. O parque onde conversávamos é somente 47 metros acima do mar, que me supreendeu bastante - sempre imaginei que Taquara era meia serra subida. Não é. No margem do rio, o topografia desce a 16 metros, e enquanto o ponto mais alto do município é 702 metros, este fica quase na borda com S. Franciso.

Onde é tanto mais alto, é muito mais frio, a temperatura média sendo 14 graus. As nuvens sobrem, esfriam - e chove. É o lugar no Rio Grande do Sul que mais chove, "quase Amazonica", conforme Igor, que me passou seu tese de formatura sobre a geografia da região.

A última fator que ele contou é que o solo no S. Franciso é mais fértil, com muito matéria organica.

Apesar da chuva e terra fértil, e do tamanho, é um município muito mais pobre que Taquara. "E um ilha cultural e geográfico", disse Igor.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ninguém acreditou no delegado

Delegado Bolívar Reis Llantada falou ontem a tarde as 16:00 no Foro Central de Porto Alegre, num precatório do caso Colina do Sol.

Ninguém acreditou no delegado.

O ponto alto do depoimento perante MM. juíz Dr. Breno Beutler Junior foi quando o delegado foi questionado sobre o coação dos filhos de Isaías pelo equipe de DHD. Bolivar, que não participou da "confissão" das vítimas, alcançado depois de sete horas, disse que "me causou muito revolta", que "conhecendo nosso equipe, era impossível ter acontecido", e que "eu não teria colocar a cabeça no travesseiro" sabendo disso, e que "achei um expediente da defesa, para perturbar o processo."

Falou grosso, mas a descrença foi palpável na sala. Obviamente, no parte dos acusados, e dos seus advogados, mas também no parte do promotor e do juiz.

Mais detalhes da noite na delegacia

Hoje, conversei com Isaías Moreira e seu filho Ezequiel. Foi Osiel, então com 16 anos, que recebeu a tapa na cabeça que fez o boné voar, e o chuta na canela. Foi deferido pelo policial mais alto e moreno.

Ele chegaram em volta de 14:30 na delegacia, foram interrogados pela polícia, e depois passaram pelo exame de corpo de delito. Ezequiel conta que apesar de ser maior, ele fez questão de passar pelo exame também. Não lembre o ordem em que fizeram exames, mas lembra que outros foram atendidos antes, eles ficando por último. Os exames terminaram por volta de 17:00, e o legalista Sami el Jundi foi embora.

Ele continuaram sendo interrogados na sala de frente à do legalista. Relatou também que numa certa hora o "policial gordo" que creio seria Juliano foi embora, deixando os outros três. Não tinha fotos comigo para confirmar as identidades.

Descrença começou na audiência anterior

Dr. Márcio Floriano Júnior, o defensor hábil e empenhado do Isaías Moreira, explicou depois da audiência. Semana passada, no dia 08/04, houve uma outra audiência precatório com o mesmo promotor, Dr. Mauro Luís Silva de Souza, no caso contra Isaías para ter supostamente mentido quando falou que seus filhos sofreram coação nas mãos do delegado Juliano Brasil Ferreira, inspetor Syvlio Edmundo dos Santos Junior, Inspetor Marcos Stoffels Kaefer, e a escrivã Rosie C. dos Santos. Os primeiros três compareceram, a escrivão Rosie faltou.

Dr. Márcio relata que no começo daquele audiência, sentiu que o juiz e promotor estavam ao lado da polícia, alias o normal nestes casos. Mas lá para o meio da audiência, mudaram de visão, e começaram acreditar no que falaram Isaías e seus filhos, e desacreditar na versão da polícia.

Promotor - "Porque Taquara?"

O promotor fez suas perguntas por último, e um dos assuntos em que ele focalizou foi, porque Homicídios pegou este investigação de abuso sexual em Taquara? Não tinha homicídio o suficiente para investigar? E se a delegacia de Taquara for receber uma denúncia de homicídio em POA, poderia assumir o caso e ir para ca investigar?

Mais mentiras

O delegado deu seu depoimento sob juramento - e disse muito coisa em clara contradição dos fatos. Vou detalhar quando já tiver em mãos a transcrição das respostas do delegado.

A imprensa faltou

Alertei a imprensa gaúcha sobre a depoimento do delegado. O delegado Bolivar, cuja investigação do assassinato do secretário Eliseu Santos foi questionado pelo Ministério Público, num lugar público, fora do Palácio da Polícia, onde não poderia fugir.

E, também, a oportunidade de esclarecer o caso Colina do Sol, de começar desfazer as mentiras tão amplamente divulgados.

Ninguém veio.

Falta de competência?

Falta de coragem de enfrentar a polícia, a menos que se escondendo trás do MP?

Falta de memória?

Não importando o motivo, uma falta. Que será cobrada.

domingo, 11 de abril de 2010

Noite de terror na Delegacia: Relatório para o Ouvidor Nacional

Eu falei com os filhos de Isaías Moreira em 15 de março de 2008, na minha primeira viagem para Taquara. Me recontaram das ameaças da polícia na delegacia, na tentativa de conseguir alguma depoimento de vítima que sustentava as acusações que delegado Juliano Brasil Ferreira tinha feito para a mídia do país inteiro, logo que prendeu os quatro no dia 11 de dezembro de 2007.

Silvo Levy e eu colocamos um resumo das suas palavras no relatório que preparamos para o Ouvidor Nacional de Diretos Humanos em março de 2008. Aqui, da página 12 do relatório:


Coação de depoentes

A família de Isaías Moreira foi chamada a depor na delegacia de Taquara. Foram ele e seus filhos Ezequiel (Bob), Oziel e [LAM]. Mantiveram-nos lá por sete horas, de 14:00 até 21:00, até que finalmente as crianças "confessaram" o que a polícia queria ouvir.

Segundo Oziel, a polícia não fez rodeios. "Um policial me levou num canto para dizer, Ajuda nós aqui para a gente ferrar este homem. Vamos dar um jeito de leve este cara de volta aos Estados Unidos e prender ele lá."

À proporção que as crianças insistiam que nada tinha havido, a polícia apertava o cerco.

"Estávamos apavorados. Houve chute, tapa, falaram que iam nos prender." O tratamento incluiu um coice na perna de um dos meninos, uma tapa que fez seu boné voar e foi ouvido até no corredor, murros na mesa, gritaria. Até o simples pedido de ir ao banheiro foi recebido com "Não, tu vais ao banheiro lá no presídio."

Mais tarde a família tentou retificar o depoimento. Foram primeiro ao fórum de Taquara. "Fomos lá falar com a juíza mas ela estava ocupada e não podia falar. No fórum, disseram para falar com a Corregedoria" [em Porto Alegre]. Lá perguntaram por que levou uma semana até irem. "Nós não tínhamos como ir para a Corregedoria aquele dia." Depois: “Nem a assessora queria falar conosco. Disseram que não adiantava nada reclamar, não faria diferença."

Mas fez diferença. Dias depois que Isaías e seus filhos contaram sua história na Corregedoria, Isaías foi indiciado por falsa denúncia contra a polícia!


A guerra dos versões

A polícia, é óbvia, nega que houve coerção dos jovens. Eu, que já fui espancado em delegacia (em tempo: não a de Taquara), tendo a não acreditar muito na versão da polícia. Ainda assim, vamos postar aqui mais tarde sua "versão".

A imprensa adora o "outro lado", e o teoria de que há duas versões para tudo. Formado nem em jornalismo nem direito, mas em filosofia e lógica, acredito que existe a verdade, acessível a quem se esforça para encontrar-la.

Nos já tratamos aqui do valor especial da palavra da vítima em casos de abuso sexual - e de tortura. Um dos quais explica as acusações assinados pelos filhos de Isaías Moreira, depois de 7 horas na delegacia.

Peço para o leitor, por um momento, deixa ao lado o ela-disse-ele-disse, e contemplas o caso sem paixões. Noto que:

  • Os filhos de Isaías Moreira, como as outras supostas vítimas, negaram abuso antes da sessão com os policias da DHPD, no caso do L.M. minutos antes dentro da delegacia perante o medico-legalista de Taquara dizendo que "nunca tocaram ou manipularam seu corpo";
  • Os filhos de Isaías negaram abuso no dia seguinte à entrevista de sete horas com a DHPD, procurando a Promotoria e a Corregedoria para tal fim;
  • As acusações partiram não das vítimas, mas dos devedores e desafetos dos acusados, que pararam de pagar na mesma semana que conseguiram a prisão do seu credor;
  • O papel que Isaías assinou, ninguém leu para ele. E ele não sabe ler e escrever;
  • Isaías e seus filhos foram mantidos sete horas dentro da delegacia.

Vamos considerar aquele último ponto. Sete horas. Entraram as 14:30, e saíram depois das 21:00. Imagina levar quase um dia inteiro de serviço, numa reunião. Ainda que você pudesse beber água ou ir ao banheiro, que me contaram que não foi lhes permitido. Sete horas.

Sete horas não são precisas para o que quatro pessoas querem dizer.

São precisas para o que a polícia quer ouvir.

Para saber que meios os policiais usaram para conseguir o que queriam ouvir, precisamos entrar nas versões. Mas pelos sete horas, já sabemos que algum meio foi utilizado.

Noite de terror na Delegacia: Boletim de Ocorrência

Inspetor Sylvio Edmundo dos Santos Júnior, possível elo do DHPD com os mandantes do assassinato do ex-secretário Eliseu Santos na visão do Ministério Público, participou da tortura dos filhos menores do Isaías Moreira no caso Colina do Sol.

A polícia encarou o queixo de agressão física e constrangimento na delegacia como denuncia falso de Isaías e seus filhos.

Eu não acredito no inspetor Sylvio Edmundo que, como aqui já comprovamos, fez afirmações comprovadamente falsas sobre os CDs apreendidos no caso Colina do Sol.

Eu não acredito na escrivã Rosie C. Santos, que forjou evidências no processo.

Eu não acredito no delegado Juliano Brasil Ferreira, cujas muitas mentiras no caso Colina do Sol já documentamos aqui.


Isaías Moreira, em frente a sua casa em Morro da Pedra

Eu acredito no Isaías Moreira, que ainda não sabendo ler e escrever, sabe contar a verdade. Acredito no seus filhos. Acredito em Cristiano Fedrigo, que acompanhou seus depoimentos.

Acredito. Acreditando, não sigo o procedimento padrão e covarde da imprensa, de aceitar e colocar a palavra de qualquer autoridade como verdade, e a palavra de qualquer acusado pela polícia como "alegação".

Digo então, como todas as letras, que na tarde e na noite do 18 de dezembro de 2007, os filhos de Isaías Moreira sofrerem coação físico e moral na delegacia de Taquara, nas mãos do equipe do delegado Juliano Brasil Ferreira, incluindo o próprio, mais os inspetores Sylvio Edmundo dos Santos Júnior e Marcos Stoffels Kaefer e a escrivã Rosie C. Santos, a fim de que assinassem acusações falsas contra Fritz Louderback, Barbara Anner, Dr. André Herdy, e Cleci Ieggli da Silva.

No caso Colina do Sol, as supostas vítimas de Morro da Pedra sempre negaram que houve qualquer abuso sexual. Negaram ao médico legalista, negaram na Justiça, chegando aos 18 anos negaram em cartório, negaram em frente ao Fórum de Taquara numa manifestação público.

Sete horas na delegacia com Sylvio Edmundo

Mais, depois de sete horas na delegacia, na presença do inspetor Sylvio Edmundo, a escrivã Rosie C. Santos (que estou informado é a esposa de Sylvio Edmundo dos Santos Jr.), o inspetor Marcos Stoffels Kaefer, e o delegado Juliano Brasil Ferreira, eles assinaram papeis afirmaram que foram vítimas de abuso.

No dia seguinte, procuraram Cristiano Fedrigo, que os levou para o MP em Taquara para que poderiam denunciar à promotora Dra. Natália Cagliari os maus-tratos nas mãos da polícia, e retirar as acusações.

A distinta representante do Ministério Publico não somente se negou a receber menores que queriam prestar queixa de tortura pela polícia, mas pediu que o telefone de Cristiano fosse grampeado!

A promotora os mandou fazer queixa na Corregedoria em Porto Alegre, que fizeram no dia 2 de janeiro de 2008.




SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICAFEITOS ESPECIAIS/COGEPOL    FOLHA 1
OCCORÊNCIA 1/2008SIMPLES 02/01/2008 11:58:40
ORGÃO 350003 -- FEITOS ESPECIAIS/COGEPOL
REGISTRO :02/01/2008 as 10:48 horas COMMUNICAÇÃO: PESSOAL    ABERTA
MICRO :02860 - MONO
FATO :FATO, EM TESE, ATÍPICO
CONSUMADO
INICIO :18/12/2007 as 14:30 horas até 18/12/2007 as 21:?0 horas
LOCAL :JOÃO BAYER, 860 - CENTRO - PORTO ALEGRE RS - BRASIL
OUTROS
DP TAQUARA

HISTÓRICO: Comparece nesta DPE/COGEPOL para comunicar que na data e hora acima foi levado por policias até a Delegacia de Taquara, juntamente com seus filhos menores de idade participantes 2 e 3, para esclarecimentos sobre a prisão do homem a quem conhecia por FRITZ nesta Delegacia veio a saber chamar-se Frederic Colvin lauderback.

Na DP Taquara, os menores sofrerem agressões dos policiais e foram obrigados a dizer que teriam mantido relações sexuais com FRITZ, o qual está sendo acusado de abusar sexualmente de crianças. Das agressões sofridas por seus filhos não resultaram lesões. Que o comunicante estava presente quando do interrogatório dos menores e tentou intervir quando das agressões e intimidações sofridos pelos mesmos, mas foi mandado calar a boca por um dos policiais.

Não sabe o nome dos dois policiais, mas veio a saber na Delegacia de Taquara que os policiais eram da Cidade de Porto Alegre. Na Delegacia no momento de interrogatório estava presente uma policial feminina, que colheu o depoimento dos menores. O comunicante não sabe ler e escrever e faz-se acompanhar neste momento de Cristiano Pinheiro Fedrigo, que apresenta o documento de identificação a CNH no. XXXXXXXXX - RG- XXXXXXXX-SJS/II-RS, e informa endereço Morro da Pedra, Estrada da Grota, s/n e que assina a rogo.


PARTICIPANTE: 1 - SÓ COMUNICANTEPRESENTE
  ISAÍAS MOREIRA
PARTICIPANTE: 2 - VÍTIMA PRESENTE
  OZIEL MOREIRA
PARTICIPANTE: 3 - VÍTIMA PRESENTE
  LAM

Boletim de Ocorrência COGEPOL 01/2008 está nas fls. 742-743 do processo 070/2.07.0002473-8 do Caso Colina do Sol, e nas fls. 381-382 do processo 019/1.09.0007874-0, donde é permitido tirar cópias, sendo que está fora do "sigilo de Justiça". Estará também sem sigilo no processo 070/2.08.0000272-8, em que Isaías consta como réu para ter acusado a polícia. A Promotoria de Taquara denunciou cinco pessoas que sustentaram o inocência dos réus no caso Colina do Sol; Isaías Moreira é o único que foi denunciado duas vezes.


sábado, 10 de abril de 2010

Edmundo mentiu, Bolivar encobriu

O equipe da Polícia Civil que apontou latrocínio no morte do ex-secretário Eliseu Santos, teve participação igualmente desastrada no caso Colina do Sol. O inspetor Sylvio Edmundo dos Santos Júnior, possível elo com o mandante no caso Eliseu, fez declarações comprovadamente falsas no inquérito no caso Colina. Delegado Bolívar Llantada comandou uma apreensão de tralha doméstica - pegou o jogo "Banco Imobiliário" como evidência - e depois sonegou da Justiça, por até seis meses, laudos que comprovam que Edmundo mentiu, e de que o antigo chefe de Bolívar, delegado Juliano Brasil Ferreira, prendeu inocentes.

Explicações estão sendo cobrados dos dois no caso Eliseu. Deveriam ter sido cobrado já faz dois anos no caso Colina do Sol.

Se o delegado Bolivar e o inspetor Edmundo tivessem sido presos para sua atuação no caso Colina do Sol, quem sabe o secretário Eliseu ainda estaria vivo?

Polícia cobrada no caso Eliseu

O delegado Bolívar Llantada afirmou em 03/03/2010 sobre o assassinato do ex-secretário de saúde Eliseu Santos, de que "A partir de todas as linhas investigadas, temos convicção de que foi latrocínio", conforme Zero Hora.

Em 03/04/2010, Rádio Guíaba diz que a Polícia Civil "terá de dizer qual o envolvimento entre outro membro da equipe de investigação, Sylvio Edmundo dos Santos Júnior, e os dois integrantes da empresa de segurança." Parece que Edmundo conhece um daqueles que o MP apontou como mandantes do crime.

Os promotores pediram o afastamento do delegado Bolívar Llantada do caso, conforme o Jornal do Comêrcio.

O assassinato do Eliséu Santos é o crime mais rumoroso do ano no Rio Grande do Sol. Para a Promotoria, foi um homicídio encomendado, de vingança, e vários dos policias do Departamento de Homicídios da Polícia Civil tem ligações com os mandantes.

No caso Colina do Sol, o delegado Bolívar comandou as buscas na casa do Dr. André Herdy, e o investigador Sylvio Edmundo tinha participação de destaque: no Relatório de Viagem que relata as prisões, página 114 do processo, assinam segundo e terceiro, depois somente o delegado Juliano Brasil Ferreira.

Quando delegado Bolívar subtituiu Juliano como titular de Homicídios em março de 2008, ele ficou como responsável para o inquérito do caso Colina do Sol, e para os error e mentiras subsequentes.

Vamos examinar o comportamento dos dois no caso Colina do Sol, que ajuda entender a qualidade das suas conclusões no caso Eliseu Santos.


Foto: ACS-PC

As busca na casa do Dr. André: Auto de Apreensão

As buscas na casa do Dr. André apreenderam um monte de que, ao olho nu, não passava de tralha. Apreendeu também uma pilha de CDs e fitas VHS e um computador.

falamos antes da tralha, mas vamos repetir o laudo:


  • Uma caixa do jogo "Banco Imobiliário", da Estrela;
  • Três carrinhos de brinquedo;
  • Diversos bichinhos de pelúcia;
  • Dois pacotes de fraldas;
  • Três embalagens de talco;
  • Dois Cds-R com a inscrição "Niver Neto-2007";
  • Vinte e oito (28) Cds-R, sem identificação;
  • Um convite para aniversário com foto de um bebê;
  • Diversos cartões e adesivos com motivos infantis;
  • Vinte e uma (21) fitas CHS sobre naturismo;
  • Doze (12) Fitas VHS sem títulos;
  • Uma (01) fita VHS com identificação do desenho animado do Mickey;
  • Uma (01) fita VHS com a inscriçaõ do file "Delicada Atração";
  • Dezenove (19) disquettes sem identificação;
  • Um (01) CD MP3 Driver;
  • Doze (12) CDs diversos em um estojo, com títulos de músicas, clipes, sendo um com título "Vídeos Boys";
  • Uma (01) máquina fotográfica, digital, marca "Samsung";
  • Um (01) telefone celular marca Motorola da operadora "Claro";
  • Um (01) telefone celular marca Siemens-M50;
  • Um (01) telefone celular marca Nokia, modelo 2660; operadora "TIM";
  • Um (01) telefone celular marca NOKIA, modelo 2310, operadora "Claro".

Nada mais a apreender manda Autoridade Policial encerrar o presente que vai devidamente assinado.


Elementos desconsiderados

No Rádio Gaucho Bolívar Llantada disse que estranhar que os promotores conduzissem uma investigação desconsiderando elementos que já estavam no inquérito.

Bem, se os elementos no inquérito do morte do Eliseu Santos são semelhantes estes, bem que os promotores devem os desconsiderar.

Ainda assim, há duas coisas que, de olho nu, não dá para saber se tiver indícios de crime, os vídeos e CDs.

Vídeos

Já dedicamos uma postagem ao laudo sobre as fitas de vídeo, mas aqui de novo a parágrafo com o resultado:

Q1: "Qual o conteúdo?"

Resposta: Trata-se de gravações contendo cenas cotidianas, algumas em situações corriqueiras de área de nudismo, sem qualquer conotação sexual, pornográfica ou similar, tampouco situações que infiram pedofilia.

CDs

O laudo do Instituto de Criminalistica que trata dos CDs trata de outros trecos também. De novo há um único parágrafo de substância:

Nos CDs e DVD não foram encontrados arquivos com conteúdo relevante ao objectivo da perícia.

Isso é a verdade. Mas o Edmundo disse, por escrito, foi outra coisa.

"Certifico em razão de meu cargo e disso dou fé"

O certidão assinado por inspetor Sylvio consta livre do sigilo em Novo Hamburgo no processo 019/1.09.0007874-0 nas fls 355, e nas fls. 606 do processo 070/2.07.0002473-8 do Caso Colina do Sol.

[Papel timbrado do Departamento de Homicídios]

CERTIDÃO

Certifico em razão de meu cargo e disso dou fé, que analisando os CDs apreendidos na residência de ANDRE e CLECI, onde constatei fotos e filmes de cenas de sexo entre crianças, adolescentes, e relações homossexuais masculinas. Totalizando vinde e quatro (24)CDs numerados e etiquetados nesta Delegacia. Bem como um CD com fotos diversas extraídas da máquina fotográfica digital marca SANSUNG, apreendido no mesmo local. Nada mais a Certificar, eu Sylvio Edmundo dos Santos Jr., Inspetor de Polícia, que a lavrarei, encerro. Porto Alegre, 09 de janeiro de 2008 -.-.-.-.-.")
(uma rubrica)

Estes são as mesmas CDs em que o Instituto Criminalistica não encontrou nada de interesse.

Vale notar que das fotos supostamente de CDs que a polícia incluiu no inquérito, há somente duas de uma pessoa reconhecível, esta completamente vestido e sem nenhuma conotação erótica. Estas fotos, conforme Dr. André Herdy, estavam no micro dele e nenhuma outra lugar no mundo, e especificamente nunca foram gravados em CD.

Há fotos pornôs que a polícia anexou nos processo, mostrando pessoas muito brancos, e um até vem com palavras em Russo sobrepostas. Poderiam ter vindo do Internet, ou do coleção pessoal de algum policial. Mas não vieram destas CDs.

Laudos sonegados

Delegado Juliano Brasil Ferreira fez várias afirmações contraditórios e mirabolantes para a imprensa sobre os computadores apreendidos no caso Colina do Sol, afirmando por exemplo que recuperou imagens (que examinadas se mostraram inocentes) mas que os computadores eram todos criptografados, que é falso.

Os laudos de vários dos micros estavam prontos antes da vinda da CPI de Pedofilia para Porto Alegre no começo de junho, mas apesar de várias requerimentos da Mma. Juíza Ângela Martini, o DHPD disse que não tinha os laudos.

Na fls 3798 do processo, Ofício 5134/2008 de 08/08/2008 da Instituto Criminalista dá as datas que os laudos sobre os micros foram retirados pelo DHDP:

  • 1965/2008 [fls 3850, completado 7 março 2008];
  • 1966/2008 [fls 3841, completado 19/05/2008]; e
  • 9677/2008 [fls 3835, completado 28/05/2008]
foram retirados pelo servidor Alexandre, de Homicídios, em 27/06/2008, 13/06/2008 e num data ilegível, respectivamente. Também algo ilegível e LP 27276/2007 foram retirada por uma servidora ilegível numa data ilegível.

Todos estes laudos comprovam que nenhum indício de crime foi encontrado em cinco computadores (dois dos laudos tratam de dois micros cada).

Quatro pessoas inocentes estavam presos, em grande parte porque a polícia tinha afirmado que encontrou evidência nos computadores e nos CDs. A CPI de Magno Malta, que já se mostrou capaz de perceber uma acusação falsa, poderia ter os liberado, se tivesse as provas das mentiras da polícia em mãos.

Delegado Bolívar não buscou os laudos, delegado Bolívar não os encaminhou à Justiça.

Já notamos que os laudos de corpo de delito negativos demoraram até oito meses para aparecer no processo, enquanto o único laudo positivo (depois desmentido por médico especialista) aportou em menos de 24 horas.

Mentira

A tendência da imprensa, enfrentando uma situação destas, e dizer que "as exames dos peritos não confirmaram as teses inicias da polícia. O delegado disse que não poderia comentar o caso por causa do sigilo."

Merda.

Sim, merda.

O que temos aqui é a prova cabal de que o inspetor Edmundo mentiu, quando diz que "Certifico em razão de meu cargo e disso dou fé". E que a esposa dela, a também inspetora Rosie C. Santos forjou evidências quando anexou as fotos no processo afirmado que vieram dos CDs.

Há provas de crime sim no caso Colina do Sol, e as crimes foram todos cometidos pelo acusadores e pelas supostas agentes da lei. E pela imprensa, para cujo delito a farsa foi montada e encenada.

Já notamos aqui que calunia é acusar alguém falsamente de um crime. Não corro perigo da lei, pois o que falo - em alto e bom som - é a verdade, como aqui comprovo.

Se corro perigo dos fora-da-lei, é outro assunto.

"A ética foi ferida de morte"

Zero Hora disse sobre o caso Eliseu de que "Diretor do Deic fala em pressão do MP e esbraveja: "A ética foi ferida de morte"

O delgado reclama de "inocentes presos cinco dias" no caso Eliseu. O que ele acha dos quatro inocentes presos treze meses no caso Colina do Sol?

Ele fala também que cabe ao autoridade policial julgar a "conveniência do sigilo". O sigilo foi mesmo conveniente para a polícia no caso Colina do Sol, evitando que as mentiras do inspetor Edmundo e as evidências forjadas por sua esposa Rosie pudessem ser examinados no luz do dia.

No assassinato do secretário, como no caso da Bar Bodega, os policias fizer a descoberta infeliz de que num crime de verdade, existem evidências de verdade, e estas podem atrapalhar a responsabilização de qualquer dos "suspeitos de sempre".

Nos crimes inventados para que a polícia poder posar de mocinho (fazendo o acusado aparece no papel de bandido) não existe este risco. Sendo que o crime não aconteceu, de onde apareciam evidências inconvenientes? Permite também escolher o crime. Pedofilia é ideal: a imprensa adora, ninguém ousa defender os acusados, e agora a lei estabelece o sigilo, que mantém as provas forjadas longes da luz do dia.

A imprensa sempre cita o caso Escola Base, que já faz 16 anos, pois assim parece que isso não acontece mais. Mas há casos piores e atuais: o caso Colina do Sol, a caça às bruxas de Catanduva, e o caso Craig Alden em Planaltina, são todos piores. E nos três casos, inocentes ainda padecem de justiça, sofrendo por crimes que nunca aconteceram.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Calunia, o peso de prova, e este blog

Porque este blog? De que se trata? Porque tantos detalhes? Como estes assuntos tem a ver com o caso Colina do Sol?

"www.calunia.com.br"

É o sufixo, .com que dá sentido à palavra calunia. Num caso como da Colina do Sol, jornalistas não procuram e divulgam a verdade: tentam tal-somente ser o primeiro de comprovar a acusação.

Calunia.com, porque calunia é um negócio para a imprensa brasileira.

Tratamos aqui de crimes de imprensa, de pessoas que são alvos das armas de destruição da mídia da massa. O caso Colina do Sol é o maior crime do tipo, é uma marca histórica da imprensa brasileira.

Tratamos assim da caça das bruxas de Catanduva, onde inocentes já estão mais de um ano na cadeia, e estou começando colher informações do caso Craig Alden, uma injustiça que já se estica quase oito anos já em Planaltina, Goias.

Variedade de tópicos

Pode parecer que este blog foge com freqüência do suposto foco no caso Colina do Sol. Nem tanto. Três fatores explicam:

Não é sobre pedofilia
Neste caso, nenhuma criança de Morro da Pedra afirma ter sido molestado, e os laudos da Instituto Criminalistica apontam rigorosamente nada de pornografia infantil. O caso, então é sobre outras coisas: as dívidas que engolem Colina; os esqueletos do Hotel Ocara, abandonado inacabado ao lado do lago; as ações na Justiça reclamando as terras; o histórico confusa dos "títulos" e "concessões" de Naturis e as outras empresas dos quais Celso Rossi espremeu lucro antes de deixar a casca e as dívidas para outros.
Quebra-cabeças
De quem são as terras? Quem matou Wayne? Donde foi o dinheiro que tanta gente "investiu" na Colina? O que pretendiam a corja da Colina que foram os autores destes denúncias? Porque há gente da Colina que tanta detesta Morro da Pedra? O caso é destas coisas. Cada postagem é um pedaço da quebra-cabeça, e um dia ficará claro como eles se encaixam.
"Excesso de Zen"
É preciso entender um pouco sobre tudo, para poder entender tudo sobre qualquer parte. Sabendo um pouco do povo de Morro da Pedra ajuda entender as aulas de futebol, estudando as finanças de Ocara ajuda desvender os títulos patrimoniais. Nisso, os hiperlinks ajudam bastante.

Monstros

Uns assuntos fogem da Colina para Morro da Pedra e a cidade de Taquara, e uns destes realmente pouco tem a ver com a Colina do Sol. Tratar sempre daquela corja cansa o autor, e presumo que cansa o leitor, também. E há um aviso de Nietzsche:

"Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."

Faz bem olhar gente normal, sadia, pessoas com esperanças para o futuro, que visam o que eles podem construir com o trabalho, e não o que podem tirar do próximo com decepção, calunia, e ameaças. E em vez de olhar para o abismo, é bom olhar para as pedreiras.

Sabia de longe que as acusações de pedofilia no caso Colina do Sol eram falsos. Acusações assim quase sempre são. Chegui em Taquara, e vi que Morro da Pedra é de uma beleza rara. Conheci as pessoas de lá, e as gostei. Sabia que um dia seria preciso traçar uma linha e travar a luta, e achei que não encontraria lugar ou ocasião melhor. Outros também pensaram assim, e são pessoas da primeira água.

Mas não somos os monstros, e não usamos as armas deles. Fico com as armas do bom jornalismo: encontrando a verdade com a investigação, e a divulgando com a palavra. A arma contra a mentira é a verdade; contra o segredo abusivo é a publicidade; contra a confusão proposital é a clareza.

Contra as trevas, é a luz.


Não encontraria lugar ou ocasião melhor para traçar uma linha e travar a luta.

Detalhes, detalhes

Há muito detalhe aqui, e chega a ser chato.

A diferença entre o jornalismo e a fofoca, é que o jornalismo procure os fatos, e os comprove. Sem as provas, é "ele disse, ela disse". Sem detalhes, eu não seria nada diferente da corja da Colina que sussurra mentiras e alega sigilo.

E também, é fácil fazer acusações, e é fácil ser um "autoridade". Generalizações são suficientes. Veja a denúncia: afirma que várias crianças foram abusadas, em "datas e horas ainda a ser estabelecidas", e que depois de 27 meses e 73 testemunhas, ainda não foram estabelecidas.

Posso eu simplesmente responder que os acusados tem álibis "ainda a ser estabelecidas"?

Nem brinque. Num processo no tribunal da imprensa, com este, o peso de prova para a defesa é muito diferente do que para a acusação. Detalhes são precisos, sim.

Há, também, o fator credibilidade. Não sou autoridade, nem ONG. O que digo, preciso comprovar.

E calunia - acusar alguém falsamente de um crime - é crime. A imprensa acusa, e se esconde atrás da polícia; a polícia acusa, e se esconde atrás do Estado e do sigílio, invocado quando a verdade ameaça fazer uma aparência inconveniente.

Eu escreve, sem meias palavras, e assino, com o nome complete.

Meu escudo é a verdade - acusar alguém de crime que realmente cometeu, não é crime. Acuso o delegado da polícia Juliano Brasil Ferreira dos multiplos crimes por ele cometidos no caso Colina do Sol, e comprovo. Acuso a promotora Dra. Natália Caglieri dos crimes por ela cometidos,e sua guerra ferrena contra a verdade, e comprovo. Acuso a falsa psiquiatra Dra. Heloisa Fischer Meyer, e comprovo.

Sem estas provas, eu estaria sujeito a mais perseguições do que eu e os outros que defendem a verdade e a presunção de inocência já sofreram, e ainda sofrem.

Ninguém cobrou detalhes do delegado, Afinal, ele é um autoridade, fazendo um acusação. Eu sou uma pessoa, fazendo uma defesa, e as regras para mim são outras. Eu não posso fazer generalizações. Preciso comprovar o que digo. Então, detalhes e citações.

Porque defender pedófilos?

Não são pedófilos. São alvos de acusações falsas. Lê o blog, para maiores detalhes.

Vale citar a jornalista americana Dorothy Rabinowitz, que ganhou o Prêmio Pulitzer para suas colunas, inclusive os sobre falsas acusações que aparecerem no seu livro "No Crueler Tyrannies: Accusation, false witness, and other terrors of our times." A penúltima parágrafo do livro é:

Finalmente, preciso notar a pergunta levantada com freqüência no curso das entrevistas sobre estes casos. Eu não reconheço que abuso sexual de crianças existe e é uma problema séria? repórteres perguntariam. Uma pergunta estranha, aquela. A conversa sobre nenhum outro crime exigiria uma afirmação assim. Raramente são pedidos de jornalistas que escreveram sobre acusações falsas de assassinato, afirmações de que eles sabem que assassinato é uma coisa ruim, e que realmente acontece.