Hoje, o outro tipo de pepino.
Cristiano Fedrigo e seu irmão Luciano, os moradores mais antigos das terras da Colina, e os dois banidos de lá pela administração atual, estão criando pepinos em estufas em Morro da Pedra.
Para quem não sabe, o pé de pepino é uma trepadeira. Fio são esticados na estufa para que as trepadeiras podem subir, mantendo os pepinos fora do chão. Não lembro o tempo até que começa render, nem quanto tempo produze antes que precisa ser trocado: esqueci de levar meu caderno.
Pepinos no ponto
As estufas servem não somente para produzir pepinos em maior quantidade, mas pepinos de melhor qualidade. Sem as estufas, secam no sol, e o pepino que é crocante ao amanhecer pode murchar sob os sol antes que seja colhido.
Os pepinos são colhidos diaramente, ou até mais do que uma vez por dia. O maior frequês é uma fábrica de picles, que quer pepinos de tamanho padrão - em vota de três dedos de comprimento. E os pepinos crescem rápidos na estação: se deixar uma dia a mais, crescem além dos especificações, e são vendidos para outros, que pagam menos.
Luciano informou que, ainda com as estufas, os pepinos não renderem bem no inverno. Ele tem grandes esperanças para este verão.
Jardim Orgânico
Luciano ainda não procurou o certidão municipal de produtor orgânico. Porém, o adubo usado é tudo natural, e a única insecticida é produzido no próprio terreno, fementando alguma coisa. Há doenças que podem afeitar pepinos, e não sei o que Luciano faria se alguma peste atacava suas estufas, e somente alguma químico poderia combater-lo. Mas por enquanto, é tudo orgânico.
Uma medida em especial chamou atenção, que foram os "marigolds" ou "cravo-de-defunto". O forte cheiro do flor afasta várias pestes - nos EUA é usado contra coelhos. Organico, eficaz, barato, e bonito.
Nos EUA, produtos organicos comandam preços mais altos. Há uma moda lá por coisa "naturais".
Vida útil limitada
As estufas tem uma vida útil limitada. O orçamento é feito no base de 3 anos, mas Luciano acredita que o plástico dura até cinco anos, e o madeiramento mais ainda.
Na ilustração dá para ver o estrutura de postes para sustentação, e os diagonais em madeira mais leve para segurar o plástico que forma o teto e paredes. Não dá para ver que o teto é levemente curva, que parece que aguënta melhor o vento.
Além de duas estufas prontas, dois estão em construção, com a estrutura em madeira pronta mas ainda sem o plástico.
As estufas foram construídos por Jairinho, velho conhecido da Colina, que trabalhou na primeira casa construída lá. Muitos colineiros contaram com ele para reformas e manutenção, mas agora ele também está banido: ouvi que é para evitar concorrência, e porque agora não há serviço o suficiente nem para sustentar a corja.
Os estufas ficam num terreno comprado faz anos, pouco mais de um quilómetro da Colina. Luciano mudou com a família para lá, em parte para segurança: o medo não sendo que alguém de Morro da Pedra roubaria seus pepinos, mas de que alguém da Colina tocaria fogo nas suas estufas.
Outros safras
Criam outras verduras e frutas no terreno: alface, inclusivo o tipo americano, raro aqui; rabanete; cebolinha; repolho; e coisas do gênero. Atualmente, nas estufas prontas só há pepinos.
Água, muita água
Pepinos necessitam de muito água. As estufa tem uma sistema de mangueiras furadas que molha as plantas direto no raiz. Há um açude ao lado de uma das estufa, e uma bomba puxe água para uma caixa d´agua morro acima. A gravidade distribua a água para as estufas.
Havendo água. Sem chuva, a açude seca, e ai os pés de pepino morrem. Este ano houve uma estiagem de 80 dias em Rio Grande do Sul, e Cristiano e Luciano perderam muitas plantas.
E a Colina nisso?
A idéia original da Colina do Sol foi de uma comunidade completa, com não somente moradores e comércio, mas também indústria.
Estufas fazem uso intensivo de espaço. A idéia de "naturismo" até combina bem com a agricultura orgânica, tanto do ponto de vista da orientação original da comunidade, quanto de marketing eventual da produção. Poderia servir como atração turística, ou gancho para mídia.
Aquele pedaço de terra é bem provido de água perene. E numa manha de setembro, dentro daquela estufa, deu para sentir que trabalhar pelado seria um opção tentador no calor de verão.
O futuro
Mas estas são idéias para o futuro, um olhar no cresicmento, o único caminho que pode assegurar a preservação da comunidade em qualquer forma.
E o pequeno gangue que tomou conta da Colina não querem o crescimento, nem o futuro. Porque tentar fazer mais dinheiro entrar na Colina, quando dá para roubar cada pessoa nova chega lá, cheia de esperança e ingenuidade? Quando dá para votar "o que é teu, é meu", quando dá para entuchar suas despesas nos outros? Quando qualquer oposição pode ser posto fora com maniupulações dos regulamentos, acusações falsas e julgamentos com a sentença já pronto antes de começar?
Um futuro é possível para a Colina do Sol. As estufas sendo enguidas em Morro da Pedra, pelos filhos mais antigos da Colina, por um dos que ergueu as primeiras construções da Colina, mostram um possível futuro, mostam um entre muitos caminhos que poderia ser seguidos.
Mas estes filhos da Colina do Sol não o abandonaram. Foram exilhados. Exilhados por pessoas sem visão, sem ética, sem planos, sem coragem e sem futuro. Pessoas movidos pela ganância e o ódio, cujo único poder remanecente é o de fechar o portão.
O fecharam contra o bom povo do Morro da Pedra, contra os filhos da Colina, e contra o futuro. Eles tem um pouco de tempo ainda - semanas ou dias - áte o dia quando o mundo maior os explulsará, e seu próprio portão será fechado contra eles.
A corja da Colina também planta: semearam o vento, e colherão o vendaval.
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ResponderExcluirEntrem em contato.
Obrigado,
Fernando.
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